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A Rosa Amarela

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Mensagem  Méuri Sáb Jul 05, 2008 12:24 pm

A Rosa Amarela 2valicp


Cap.I-Amigos

14 de setembro de 1976-Manchester,Inglaterra

-Yanna!-chamou uma mulher.
-Estou indo,mamãe!-gritou Yanna.
Yanna era uma moça de 14 anos,mas que já tinha várias perspectivas de vida.Era muito bonita e inteligente.Mas uma coisa era certa.Yanna não conseguiria nada sem seus inseparáveis amigos: Christine,Pietro,Jennie,Rose,Daniel,Jacob,Gerald,Ursula e Landon.Eram muitos amigos,desde que tinham três anos de idade.O tempo passara,mas continuavam amigos.
-Yanna!-gritou a mulher.
-Espere um pouco!-disse Yanna,entrando num pequeno bosque ali perto.
Era um belo lugar.Yanna gostava de passear com os amigos lá.Ela andava pelo bosque,até ouvir um pequeno choro.Ela seguiu o som e se aproximou de um garoto.
-Oi.Qual o seu nome?-perguntou Yanna.
-Hã?-o garoto enxugou as lágrimas.-Meu…Meu nome…Meu nome é Victor.E o seu?
-Yanna.
-É um belo nome.
-Obrigada.Porque você está chorando?
-É que…Na minha escola,ninguém conversa comigo e os garotos fortes me machucam. Eu me sinto tão só…
-Bom,não sei como é a solidão.Tenho muitos amigos.
-É…Deve ser legal ter muitos amigos…
-Sim.Você não quer experimentar isso?
-Hã?
-Estou te convidando para passear hoje à tarde com a minha turma.Garanto que eles vão gostar de você.
-Sério?Muito obrigada,Yanna!Você me fez um grande favor!-o garoto correu.
[…]
Yanna e Victor chegaram numa praça.Os amigos de Yanna estavam sentados num banco.
-Oi Yanna!-disseram os jovens.
-Oi pessoal!-disse Yanna.
-Quem é esse,Yanna?-perguntou Ursula.
-Gente,este é o Victor.Conheci ele hoje ali no bosque.
-Oi.-disse Victor.
-Esse não é aquele carinha esquisito da escola?-disse Pietro.
-Eu não sou esquisito!!
-É sim.Não pense que nós não sabemos quem você é…-disse Jennie.
-Eu não sou esquisito,já disse!!
-É sim…-disse Jacob.
-Pessoal!O que é isso?O Victor é uma ótima pessoa!Só porque dizem que ele é esquisito,não quer dizer que ele seja!!Que tipo de caráter vocês estão tendo?!-disse Yanna.
-Desculpe,Yanna…A gente só…-Daniel foi interrompido.
-Desta vez passa!Mas quero que tratem muito bem o Victor.-disse Yanna.-Por falar nisso,onde ele está?
Yanna viu Victor sair.Ela correu atrás dele.
-Victor…
-Você disse que me tratariam bem…-disse Victor,com a voz chorosa.
-Eles são assim…Quando fui entrar para o grupo,pensa que me receberam de braços abertos?
-Não adianta…Eu nunca vou ter amigos…
-Vai sim!Eu sou sua amiga!!!
-Yanna?
-Sim.E garanto que meus amigos,assim que te conhecerem melhor,vão ver que você é uma pessoa encantadora.
-Obrigada,Yanna.
[…]
Semanas depois,Victor já havia se tornado um membro do grupo.Ele chegou na casa de Yanna,ofegante.
-Yanna!Yanna!-gritava.
-Victor?O que houve?
-Eu consegui!Eu consegui,Yanna,eu consegui!-Victor dizia,aos pulos.
-O quê?
-Aquilo que vocês me pediram…Uma criação de rosas amarelas…
-Não acredito,você achou?
-Sim.Meu pai é comerciante e vive viajando.Ele trouxe de Paris.
-Oh,o pessoal vai ficar tão feliz…Antes nós tínhamos que importar…
-Porque vocês gostam tanto dessa rosa?
-Bem…Nós sempre gostamos de rosas…E um dia,floresceu uma amarela no meu jardim…Eu mostrei à todos…Se tornou o símbolo do nosso grupo…Mas ela muchou e nunca mais floresceu nenhuma daquela cor…
-Eu consegui…
[…]
-Victor,é linda!-disse Yanna,segurando uma enorme rosa.
-É sim…
Yanna colocou a rosa no cabelo.
-Você ficou muito bonita…
-Obrigada.
-Deve ser uma rosa rara em Manchester…
-Sim.
-Bem,devo agradecer à você e às rosas.Senão,nunca teria conseguido amigos.
Yanna sorriu.
-Victor…Desculpe perguntar…Porque acham você esquisito?
-Meu pai…Bebia muito…Batia em nós…As mães das crianças achavam que eu era má influência.E me afastaram.
-Que horror.
-É…
-Mas,de hoje em diante,você não vai mais ser excluído.
-Será?


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Mensagem  Méuri Sáb Jul 05, 2008 12:28 pm

Cap.II-A primeira vítima

15 de setembro de 2006-Scranton,EUA

-Tia Yanna!Tia Yanna!-gritava uma pequena garotinha,correndo pela casa.
-O que foi,Vicky?-perguntou Yanna.
-Telefone pra senhora.
-Ok,já vou.
Haviam se passado 30 anos.Yanna estava com 44 anos,e morava com os sobrinhos Charles e Victoria.Charles tinha 16 anos e era um belo rapaz e a pequena Victoria tinha 8 anos.Yanna havia perdido o contato com os amigos há mais de dez anos.
-Alô?-Yanna atendeu.
-“Yanna?”-uma voz feminina falou.
-Quem é?
-“Sou eu.Ursula.”
-Ursula?!Ursula,é você?
-“Sim,sou eu.”
-Há quanto tempo!Ainda falou com os outros?
-“Não tenho tempo para falar,Yanna.”
-Como assim?
-“Yanna,escute.Tome cuidado.”
-Porquê?
-“Recebi uma carta hoje de manhã.Alguém sabe do nosso grupo.”
-Hã?
-“Exatamente.Nessa carta,continha todas as nossas informações.”
-O.O…Ué,e porque está me ligando?
-“Bem,pensei em te avisar primeiro.Afinal,já fomos muito amigas…”
-É verdade.Bons tempos aqueles.-Yanna sorriu.
-“É.Tchau.”
-Tchau.-Yanna desligou.
[…]
Ursula desligou o telefone.Ela pensou.Yanna continuava a mesma,alegre e tola.Ela se preparava para pegar novamente o telefone,quando uma jovem apareceu.
-Mamãe…Carta pra senhora.-disse a moça.
-Outra?-Ursula abriu a carta.
-Já posso ir?
-Sim,Alicia,pode se retirar.
Ursula abriu a carta e começou a ler.Logo depois deu um sorriso.
-O que é isso?-perguntou um homem,entrando no escritório.
-Adivinha só,Pietro?Um amigo meu dos nossos tempos quer se encontrar comigo, aqui perto,onde havia um criadouro de tulipas e um pequeno bosque.
-Ué…Algum dos nossos amigos em Middlebury?
-Sim.Podem ter vindo morar aqui.
-Não me mencionaram na carta?
-Não.Acho melhor eu ir sozinha.
-Ok,meu bem.-disse Pietro,beijando-a.
Ursula e Pietro haviam se casado e tido uma filha,Alicia.Moravam no estado de Vermont,nos Estados Unidos.Viviam uma vida pacífica e feliz.Pietro era um ótimo marido e muito dedicado.Alicia era uma jovem bela e esperta.Ela não poderia ser mais feliz.
Ursula se aproximou do bosque.Numa clareira,havia um vasto campo de tulipas vermelhas.Ela foi para o campo.
-Olá Ursula.-uma voz falou.
-Hã?Quem é?
-Um velho amigo seu.
-Jacob?Ou seria o Daniel?
-Nenhum desses.
-Hã?
-Exatamente.Mas não se preocupe,em breve todos vocês estarão juntos.
-Do que você está falando?Quem é você?-Ursula estava preocupada.
-Você saberá.
-Olhe aqui,eu sou uma senhora de respeito e não estou para brincadeiras…
-Se é uma senhora de respeito,deveria respeitar os outros.Você vai pagar por tudo.
-Hã?O quê?Ei,vou pagar pelo quê?O que foi que eu…-Ursula desmaiou.
[…]
Pietro andava de um lado pelo outro na enorme casa.Alicia surgiu de um corredor.
-Papai,a mamãe está demorando.
-Eu sei,querida.Eu sei.
-O senhor não vai atrás dela?
Pietro sorriu e abraçou Alicia.
-Ela está bem,eu tenho certeza.
A campainha tocou.Era um policial.
-Sr. Morthmer,sinto informar,mas foi encontrado o corpo de sua esposa nas redondezas da fazenda Credule,aqui perto.
Pietro parou.Estava imóvel.
-Ursula?
-Sim.Sentimos muito.
-Papai!A mamãe…-Alicia parou.
Pietro se ajoelhou e começou a chorar.
-Não!Não!...Ursula…Não!
[…]
Erica jogava a bola de borracha para cima,com os pés em sua mesa.Douglas andava impaciente de um lado para o outro no escritório.
-Douglas…Você vai acabar ficando tonto se continuar girando pela sala.
-Erica,você não percebe?Estamos há três meses sem nenhum caso.Três meses,Erica!
-Sim,e o que é que tem?
-O que é que tem?O que é que tem?!
-Sim.Não está feliz por não termos mais tido nenhum caso?Isso significa que a vida está mais calma…
-Erica,não sei como você consegue…-o telefone tocou.
-Agência Jokh de Investigação,bom dia?
-“Olá,aqui é o chefe de polícia de Middlebury,Vermont.Acabou de ocorrer um assassinato aqui nas redondezas e gostaríamos de contratar seus serviços.Há uma coisa fora do comum…”
-Ok,já estamos indo.-Erica desligou.-Douglas,seus desejos se realizaram.Prepare suas malas,nós vamos para Vermont.
[…]
Erica estacionou o carro.Por perto havia faixas indicando para não se aproximar.Erica e Douglas foram até os policiais.
-Bom dia,sou Erica Desmond.
-Olá,srta. Erica.
-Então,qual o problema.
-Ontem às 4 da tarde,foi encontrado o corpo de Ursula Morthmer aqui.
-Hm,entendo.
-Nós achamos uma bomba perto do local,mas queremos que a senhora examine o local.Não sei porquê,mas acho que há algo errado.
Erica foi até perto do corpo estendido.Logo depois,ela pegou uma pequena bomba no chão.
-Mas…
-O quê?
-Isto é uma bombinha caseira.Isso no máximo causa alguns machucados.
-Uma bombinha caseira?
-Sim.E veja,no corpo não há nenhuma queimadura.Não pode ter sido morta por uma bomba.
-Então…
-Quero que mandem este corpo para fazer uma autópsia.E também quero uma análise da bomba.
-Ok.
Erica se afastou um pouco das pessoas.De repente ela parou e deu um sorriso.
-Ora,ora,o que temos aqui…
-O que houve,Erica?-perguntou Douglas.
-Linda,não é?-disse Erica,mostrando uma grande rosa amarela.
-É linda mesmo.E deve ser muito cheirosa.-Douglas ia pegar a flor,mas Erica o impediu.
-Se eu fosse você,eu não faria isso.
-Porque?É só uma rosa!
-Não.
-Como não?
-Douglas,seu bobinho…-Erica riu.-Será que você ainda não aprendeu que por mais que uma coisa possa ser linda e delicada,pode haver uma armadilha?
-Mas…
-Douglas,esta rosa pode ter matado Ursula Mothmer.
-Está brincando.
-Não.E pense só…O que uma rosa amarela estaria fazendo num campo de tulipas? Alguém colocou isso aqui,e com certeza não era um enfeite…
-Tem razão.
-Inspetor!
-Sim?
-Por favor,poderia mandar esta rosa para uma análise também?Não sei o motivo,mas estou muito interessada no motivo desta bela flor estar aqui.-Erica sorriu.


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Mensagem  Méuri Sáb Jul 05, 2008 12:35 pm

Cap.III-Resultados

25 de setembro de 2006-Nova York,EUA

-Hoje saem os resultados.-disse Erica.
-Finalmente!-exclamou Douglas,ligando o ar condicionado.-Está calor.
Erica sorriu elogo em seguida o telefone tocou.
-Alô?
-“Erica Desmond?”
-Sim,sou eu.
-“Somos do laboratório.Saíram os resultados das análises.”
-Ótimo,nós vamos agora mesmo.
[…]
-Bom dia,meu nome é Erica Desmond e eu…
-Oh!O dr. Stewart está na sala 206,no segundo andar.
-Ok.
Erica e Douglas subiram pelo elevador e se dirigiram para a sala.Um homem totalmente desarrumado apareceu na frente deles.
-Oh!Olá,srta.Desmond!Sou Bryan Stewart.
-Olá,dr.Stewart.No que deu a análise?
-Bem,venha comigo…
O corpo de Ursula estava numa grande mesa,totalmente despido.Do lado,haviam vários papéis numa mesinha.
-Vou começar com a autópsia.Não havia nenhuma marca que indicasse que houve violência,nem nenhuma queimadura que seria facilmente provocada por uma bomba de grande porte.
-Hm…
-A análise da bomba provou que realmente não havia como causar a morte de uma pessoa.Era uma bombinha que adolescentes usariam para pregar peças.
-Sabia.Continue…
-Encontramos isso.A vítima estava apertando.-o homem entregou um papel amassado.
-Amêndoas.-Erica leu.
-Exatamente.
-O que amêndoas tem a ver com isso?
-Tudo.
-Tudo?
-Tudo.
-Mas como?
-Venha e eu lhe mostro…
Eles se aproximaram do corpo.
-Está vendo alguma marca no pescoço?
-Não.
-Pois bem.Mas constatamos que a vítima morreu por sufocamento.
-Mas…
-Exatamente.Ela não poderia ter morrido assim e sem ter nenhuma marca.
-Mas como?
-Aí é que está,srta. Desmond.A sua esperteza solucionou a causa da morte.
-Hã?
-Lembra-se disto?-disse Stewart,mostrando a rosa amarela.
-Claro.É a rosa que eu achei na cena do crime.
-Muito bem.Cianeto de hidrogênio,também conhecido como ácido prússico,é uma substância muito nociva e que pode matar por sufocamento.
Erica não entendia.
-Ela também pode estar em sua forma gasosa,e continuar letal do mesmo jeito,
-Hm…E o que isso tem a ver?
-Acalme-se.Normamelmente,o cianeto tem cheiro característico de amêndoas amargas.
Tudo começava a fazer sentido.
-Adivinha o que encontramos nesta bela rosa.
-Cianeto de hidrogênio.-Erica sorriu.
-Exato!
-Muito obrigada,dr. Stewart.Foi de grande ajuda.
-De nada.
-Você é mesmo brilhante!!-disse Douglas,entrando no carro.
-Eu sabia…Aquela rosa não estava ali para enfeitar…
-E agora,para onde vamos?
-Vamos voltar para Vermont.Quero rever a cena do crime.
-Você não quer ir para lá só por isso,não é?
-Claro.Preciso falar com Pietro Morthmer.
-Suspeita dele?
-É natural.
-E da filha,Alicia?
-Talvez mais dela do que de Pietro…
-Como?
-Pelo que sei,Pietro Morthmer era uma pessoa rica,alegre e feliz.Depois da morte da esposa,ficou histérico e com medo de tudo e de todos.No caso,uma pessoa que não tinha equilíbrio mental.
-Isso é verdade.
-Enquanto Alicia é jovem,bela e inteligente.Não duvido que seja ambiciosa também…
-Só esses suspeitos?
-Claro que não!Pelo que sei,há pelo menos mais dez suspeitos…-Erica sorriu.


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Mensagem  Méuri Sáb Jul 05, 2008 12:38 pm

Cap.IV-Os Suspeitos

27 de setembro de 2006-Middlebury,EUA

-Bom dia.Eu gostaria de falar com o sr. Pietro Morthmer.Ele está?-perguntou Erica.
-Vou chamar.-disse a empregada,entrando na casa.-Patrão,tem um casal aí na porta querendo falar com o senhor.
-M-Mande en-n-trar-r…-gaguejou Pietro.
Erica e Douglas entraram na enorme mansão.Pietro estava sentado num sofá, apertando uma bolinha de borracha.Sua aparência era péssima.Estava com olheiras,os olhos esbugalhados,pálido,os lábios roxos.Olhava para o nada e estava tremendo.
-Erm…Bom dia.-disse Douglas.
-Sou a detetive Erica Desmond.
-O-Olá…
-O senhor está bem?-perguntou Erica.
-Estou ótimo!Maravilhoso!Melhor que nunca!-Pietro gritou e se levantou num salto, com um sorriso louco no rosto.
-Acalme-se…
-Calmo?Calmo?!-Pietro deu uma risada descontrolada.-Minha esposa está morta e quer que eu fique CALMO?!
-Papai!-Alicia correu da escada até seu pai.
Alicia sentou Pietro no sofá e deu-lhe uma xícara de chá.
-Pai,se acalma…O senhor não está bem.
-Minha filha…
-O que querem?Não vêem que ele está sofrendo?
-Senhorita,nós…
-Vão embora!Meu pai não está em condições de falar com vocês!
-Alicia,pode deixar…Eu estou bem…
-Mas pai…
-Retire-se Alicia!-repreendeu Pietro.
A jovem saiu desolada.Ainda deu uma última olhada para o pai e os estranhos.
-Me desculpem…Por mim e por minha filha…Alicia é muito temperamental…
-Não foi nada.-disse Erica,com um sorriso.
-Devem ter vindo falar sobre Ursula.
-Sim.
-Já imaginava.-suspirou Pietro,com um ar mais sério.-Ela era o meu anjo,a minha luz,a minha vida.
-Imagino.Sr. Pietro,alguma pessoa tinha motivos para matar sua esposa?
-Não!Claro que não!Ursula sempre foi muito boa com todos.
-Bem…Nem dinheiro?
-Bom…Aí talvez.Ursula tinha uma fortuna de 28 milhões.
-Hm…Ela fez testamento?
-Sim,querem ver?
-Claro.
Pietro foi até uma gaveta e a abriu.Retirou um papel amarelado e trouxe até os investigadores.
-20 milhões para mim e Alicia.O resto seria dividido entre oito antigos amigos.
-Amigos?-Erica perguntou,com interesse.
-Sim.Christine,Jennifer,Jacob,Rose,Daniel,Gerald,Landon e Yanna.
-Hm…Tem o endereço e telefone deles?
-Sim.
Pietro pegou um papelzinho e deu para Erica.
-Tenha uma boa tarde,senhor Morthmer.
-Pra vocês também.
Erica e Douglas saíram da casa,mas foram barrados por Alicia.
-Deixem ele em paz!
-O que disse,moça?-perguntou Douglas.
-Deixem meu pai em paz!Não estão vendoque estamos abatidos?
-Pra mim,o único abatido aqui é Pietro Morthmer.-disse Erica.
-Está dizendo que eu não estou triste com a morte da minha própria mãe?!-Alicia disse, com lágrimas nos olhos.
-Se quer saber,sim.O único que realmente demonstra estar triste é o sr. Morthmer.E sabe,pra mim você é a assassina.Afinal,uma herança de 20 milhões não é pouca coisa…
-..!-Alicia se retirou.
-Erica,não seja tão dura…Ela é uma adolescente preocupada com o pai.
-Nem por isso precisa ser tão arrogante.
[…]
-É aqui.A casa de Christine.
Era uma mansão escondida entre belos jardins.
-Minha esposa virá recebê-los num minuto.-disse um espanhol.
-Ramon!-uma voz fina e escandalosa encheu a casa.
-Já vou,Christie.
As diferenças entre Ramon e Christine eram impressionantes.Ele era um espanhol alto, forte e sério.Ela,uma mulher inglesa escandalosa e dramática.
-Olá,senhora Fitt.Sou Erica Desmond.
-Oh,olá senhorita Desmond.Com licença,vou falar com meu marido.
Ela se retirou para uma sala.Ela e Ramon começavam a discutir.Erica e Douglas não conseguiam ouvir,até que Christine gritou.
-Eu não acredito que você ainda não pegou a nossa parte da fortuna da Ursula!
-Bingo…-Erica sussurrou para Douglas.
-Desculpem,senhores.É que com a morte de minha amiga Ursula Morthmer,tenho direito à 1 milhão de dólares da sua herança.
-Caham…Parece que vocês tem muito dinheiro,para viver tão bem…Nem precisava desse dote.-alfinetou Douglas.
-Bem…
-É mentira.Christine gastou grande parte da nossa fortuna com besteiras.Ela não pára de gastar.Se dermos 1 milhão de dólares pra ela,em uma semana já não vai ter nada.-disse Ramon.
-Ramon!-gritou Christine.-Grr…Eu vou ter uma conversa com você depois…
-Bem,a senhora tem consciência de que é suspeita da morte de Ursula Morthmer,não é?
-Oh,nunca.Eu e Ursie éramos carne e unha.
-Bom…Obrigado por tudo.
Erica e Douglas saíram da casa,não antes sem ouvir mais um grito de Christine.
-Seu idiota!Quer que eles suspeitem da gente?!
-Que achou da Christine,hein Erica?
-Uma mulher fútil e burra.
-Seria capaz de cometer um assassinato?
-Daquele tipo?Nunca.Já o espanhol…
[…]
-Oi.A senhora Jennifer está?
-Está falando com ela.-disse uma simpática senhora.
A mansão de Jennifer era menor que as de Pietro e de Christine,mas era tão confortável como as outras.
-Bem,o que desejam?
-Falar sobre a morte de Ursula Morthmer.
-O quê?Ursula está morta?!
-Morreu há 12 dias.Eu estou investigando o caso.
-Pobre Ursie…Era uma pessoa maravilhosa.
-A senhora sabe que é uma suspeita,não é?
-Eu…Mas eu não vejo Ursula há dezesseis anos.
-Hã?Como assim?
-A última vez que a vi estava de viagem com um espanhol.Fui cumprimentá-la,mas ela saiu logo.Achei estranho,pois ela era casada com Pietro.
-Hm…Onde você a viu?
-Prefiro não comentar,mas…
-Pode contar.
-Ela estava em frente a um motel.Eles dois estavam se agarrando dentro do carro.
-Hm...Então quer dizer que ela estava com um espanhol,namorando no carro?
-Isso.
-Ouviu ela pronunciar algum nome?
-Sim.Ela gemia muito,mas deu para entender o nome do espanhol.Ramon.
-Interessante.Bem,obrigado por tudo.
-Não foi nada.
Erica fervilhava de interesse.
-Então a nossa vítima se encontrava com o marido de Christine…Que acha,Douglas?
-MUITO interessante.
-Bom,já está tarde.E além do que,os outros moram em outros estados.
-Quer dizer que vamos viajar de avião?
-Sim.Mas antes,vamos analisar as possibilidades.Até agora,temos cinco suspeitos.
-Não vai ter interrogatório?
-Claro.Mas vai ser quando eu já tiver eles na palma da minha mão…-sorriu Erica.


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Mensagem  Méuri Sex Jul 11, 2008 2:48 pm

Cap.V-O cientista

1 de outubro de 2006-Springfield,EUA

-Ao que parece,a casa de Jacob é aquela ali,Erica.-apontou Douglas.
A casa de Jacob era uma casa simples e recatada.Diferente das luxuosas mansões de Christine e Jennifer,essa era uma casinha pequena,simples,com um jardim na frente. Erica e Douglas tocaram a campainha.Um sujeito alto atendeu.
-Bom dia.Sou a detetive Erica Desmond e esse é Douglas Cartland.O sr. Jacob está?
-Ele não mora mais aqui.
-Como assim?Mas tem o endereço dele aqui…
-Ele morreu faz 4 anos.
-Oh,sinto muito…
-O que desejam?
-Estamos investigando a morte de Ursula Morthmer.
-U-Ursula?-o homem começou a suar e ficar nervoso.-Entrem.
A casa era bonita e bem arrumada.O homem pegou uma garrafa de conhaque e ofereceu.Erica e Douglas aceitaram.
-Sou Victor Straits.Jacob deixou sua casa e alguns dotes para mim.
-O senhor era parente?
-Éramos melhores amigos.Os pais dele estão mortos,e não tem nenhum irmão ou filho…Deixou tudo para mim.
-Entendo…Sabe como o senhor Jacob morreu?
-Oh sim,claro.Num acidente.
-De carro?
-Laboratório.
-Pode nos contar como ocorreu este terrível incidente?
-Sim.Jacob tinha conseguido um emprego num laboratório do exército.Tinha vindo me contar com alegria,pois sempre sonhara com aquele dia.
-Hm…
-Eu dei os parabéns pelo meu amigo e fizemos uma festa para íntimos.Era a noite mais feliz da vida dele…
-Por causa?
-Naquela noite,ele finalmente conseguiu namorar Yanna,uma amiga nossa de quem ele gostava.
-Yanna…Continue.
-Ele começou a trabalhar no dia seguinte.Sua alegria era radiante.Ele estava feliz,eu também.
-Entendo…
-Ele trabalhou durante 12 anos no laboratório.Era um cara brilhante.Até que tudo começou…
-Tudo o quê?
-Bem…Jacob começou a endoidar,sabe?Ficava dizendo que tinha alguém o perseguindo,que queriam matá-lo…
-Hm…Não suspeitava de Yanna?
-Impossível.Depois de 2 anos de namoro,ele terminou com ela e nunca mais vimos Yanna.
-Bem…Continue.
-Jacob começou a ficar paranóico.Tinha medo de tudo e de todos.Estava ficando magro,pois não se alimentava direito.
-Hm…
-Depois de uma terapia,voltou a trabalhar…Mas…
-Mas?
-Ele nunca devia ter voltado…Que dia trágico aquele…Meu pobre amigo…
-O que aconteceu?
-Em outro setor do laboratório,desenvolviam uma bomba de nitroglicerina…A experiência não deu certo e a bomba explodiu,incendiando tudo.
-Isso foi aquele acidente que aconteceu em 2002?
-Exatamente.Restava pouco tempo para que o fogo alcançasse o depósito de explosivos…Jacob foi um verdadeiro herói.
-Por que?
-Todos estavam desesperados.Estavam presos lá dentro.Iriam morrer queimados.
-Disso sabemos…
-Jacob tinha um cartão especial que abria as portas em caso de emergência.Ele correu para ajudar as pessoas.Salvou vidas.
-Um herói…
-Sim.Várias pessoas saíram,mas quando chegou a vez dele…
-O que houve?
-Um cano caiu sobre suas pernas.Pobre Jay…Tentou sair até o último instante,mas o cano erapesado e ninguém o ajudava.
-Isso é o preço que se paga por bancar o herói…
-Escute!Jacob apenas fez seu dever!Se as pessoas não o ajudaram era porque eram covardes,entendeu?!
-Acalme-se senhor…
-Oh,desculpe.É que essas lembranças me doem…Eu vou buscar mais conhaque.
Victor saiu.Erica e Douglas argumentaram.
-O que acha,Erica?
-Esse sujeitinho não me parece nem um pouco abalado com a morte do amigo…
-Suspeito?
-Com certeza.E quer saber…Pode ter sido ele quem explodiu a bomba…Afinal,os cientistas tem de ser muito cuidadosos com esse tipo de substância.E como ele sabia que a bomba era de nitroglicerina?O F.B.I não divulgou nada na imprensa.
-Realmente…
Victor voltou.Estava com uma aparência péssima.
-Olá,Victor.Continue a história.
-Bem…Jacob ficou preso.Não havia jeito.Outro cano caiu e ele ficou desmaiado. Minutos depois,foi tudo pelos ares…
-Sinto muito.
-Oh,não é nada.Se me dão licença…
-Ok…Só mais uma pergunta…
-Sim?
-Conheceu Ursula Morthmer?
-Era minha amiga.Tchau.-Victor bateu a porta na cara dos detetives.
Erica e Douglas entraram em seu carro.
-Alguma coisa pra dizer,Ery?-brincou Douglas.
-Sim.Só uma…Alicia acaba de perder seu posto de principal suspeita.-ela sorriu maliciosamente.


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Mensagem  Méuri Dom Jul 13, 2008 2:16 pm

Cap.VI-Hipóteses

2 de outubro de 2006-Nova York,EUA

-Bem…O que nós temos…
-Nunca te vi tão antenada num caso…-Douglas brincou.
-Isso porque nos outros não tínhamos 11 suspeitos…
-É mesmo…
Erica remexeu relatórios,procurando alguma coisa.Douglas pegou um papel em particular.Ele começou a ler.Eram informações sobre Ursula Morthmer.
-Hm…Nome completo,data de nascimento,tipo sanguíneo…Você recolheu todas as informações sobre a senhora Morthmer,pelo jeito…
-Claro…Tenho que saber a personalidade da vítima…
-O que está procurando?
-A pista principal.
-Esta rosa?-Douglas a segurava.
-Isto!
Erica tomou-a e alisava as pétalas envolvidas em plástico.
-Quem será a mente brilhante por trás desse crime?
-Já pensou nas possibilidades?
-Hm…Boa idéia.
Eles sorriram um para o outro.Erica e Douglas se davam muito bem.Eram inteligentes e sagazes.Não havia um crime sem solução para eles.
-Primeira possibilidade…
-Pietro Morthmer.-disse Erica.
-Pelo que sabemos,Pietro eram um marido devotado à Ursula…Apesar de ter ganhado um par de chifres.-brincou Douglas.Erica deu uma risadinha.
-Também sabemos que Pietro era uma pessoa que em certos momentos,não tem muito controle sobre si…
-E se Pietro for o assassino?Por que ele mataria sua amada?
-Duvido muito,meu caro.Mas,se lhe ocorreu esta possibilidade…
-Além da traição,tem os 20 milhões que ele e a filha herdariam.
-Aí partimos para o próximo suspeito:Alicia Morthmer.
-Sabe,não acho que possa ser Alicia…Ela só tem 16 anos.
-Acredito que possa ser ela…Alicia é ambiciosa e inteligente,assim como a mãe…E pelo que sei,ela vai se formar em química.
-Continuo achando que Alicia só está preocupada com seu pobre e chifrudo pai.
-Hahaha…Douglas,você é uma piada.
-Bom…Vamos para o próximo.Christine Keenan.
-Motivos?
-Bem…Christine também ganhou chifres do marido.
Erica não conteu a risada.
-E também tem a fortuna de 1 milhão…-ela argumentou
-É…Próximo.
-Ramon Keenan.
-Ramon tinha um caso com Ursula…Ela podia ter trocado ele por outro.
-Ramon…É interessante como ele contrasta com Christine…Ela é mimada,escandalosa e fútil…Já Ramon é sério e quieto.
-No caso dele,também teria deixado Christine…Ramon é como uma raposa esperta.
-Douglas,não seja tão mal…Sim,essa é a personalidade de Ramon…E pense só…Com Christine,Pietro e Alicia fora do caminho,ele teria uma fortuna de 1 milhão com a morte da senhora Morthmer.
-Próximo.
-Jennifer Hewitt.
-Bem,ela não tinha muitos motivos para matar Ursula…
-Tem certeza,meu amigo Douglas?-ela sorriu maliciosamente.
-Hã?
-Veja estas informações que recolhi sobre Jennifer.
Douglas pegou um maço de papel.Começou a lê-lo,e seus se arregalaram ao fim da leitura.
-Mas…Então Jennifer…
-Jennifer Hewitt fora de Pietro,antes dele se envolver com Ursula.
-Então…
-Douglas,tem muito mais coisas nessa história do que imaginamos…
-Nossa…
-Com certeza,esse é o nosso caso mais difícil e interessante.
Eles se olharam.Os olhos de Erica brilhavam de excitação.
-Bom,Erica…Jennifer poderia ter ficado com muita raiva de Ursula,mas porque demorou tanto com seus planos?
-Deixe-me explicar.Pietro,no seu último ano,se apaixonou loucamente por Ursula e deixou Jennifer.Com isso,ela ficou irada e decidiu se vingar da garota por roubar o “seu” Pietro.
-Disso eu sei.
-Pois bem.Jennifer percebeu que se vingar agora,não ia adiantar de nada.
-Por que?
-Primeiro,Pietro amava com loucura a Ursula…Se ela tentasse qualquer coisa contra sua amada,Pietro a odiaria para sempre.
-Hm…
-Segundo,os dois não tinham nada de dinheiro naquela época.Jennie sabia que não poderia viver apenas com o amor de Pietro.Por isso,resolveu esperar o casal melhorar de vida.
-Interessante…Ela parece ser inteligente.
-Nem tanto.Ela só pensou nisso três anos depois.
-O quê?!
-Sim.Jennifer estava louca de ódio,mas o casal foi para a faculdade antes de ela começar seu plano.E o último motivo,Jennifer era péssima em química e não tinha dinheiro algum.
-E o que isso tem a ver?
-Tudo.A rosa,ácido prússico…Sacou?
-Ah,sim.O último suspeito:Victor Straits.
-Ah!Esse é o meu suspeito preferido.
-Porquê?
-Não percebe?Ele é brilhante!Com certeza tinha motivos para matar Ursula Morthmer, mas é tão enigmático que consegue esconder isso perfeitamente bem!
-Hm…É mesmo.
-E o caso Jacob?Ele teve contato com um cientista do exército.Devia conhecer substâncias como cianeto de hidrogênio e sua quantidade letal!
-E também devia saber como montar explosivos…
-Sim!Ele deve ter matado Jacob explodindo o laboratório.
-Qual o nosso próximo passo?
-Procurar os outros suspeitos.
-Um interrogatório?
-Com certeza.


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Mensagem  Méuri Sáb Jul 19, 2008 4:45 pm

Cap.VII-Interrogatório

8 de outubro de 2006-Nova York,EUA

Doze pessoas estavam sentadas.Algumas em sofás e outras em poltronas,mas todas numa confortável sala.Elas se olhavam assustadas e evitavam falar o mínimo possível. Apenas um homem não demonstrava,mas mesmo assim estava apreensivo.Yanna apertava pápeis em suas mãos.Sabia que estava ali por causa da morte de Ursula.O detetive que a havia interrogado era bem gentil,mas a mulher e o homem que interrogariam à ela e seus amigos não eram isso.Pietro havia dito que eram enigmáticos e conseguiam arrancar tudo o que queriam de uma pessoa como ele.Pietro era sensato e inteligente.O que seria de Yanna?
-Vai ficar tudo bem...-sorriu Landon,que estava do lado dela.
Ela deu um sorriso fraco e forçado.Medo...Ela estava com muito medo.
-Estão demorando...-retrucou Pietro.
Alicia pegou na mão de Pietro,assustada.Aquela mulher iria intimidá-la...Tentar fazer Alicia confessar uma coisa que não fez.Ela imaginava o que todos estavam sentindo.Ela era uma adolescente,mas compreendia muito bem as pessoas mais velhas.Alicia apertou ainda mais a mão de seu pai.
O silêncio predominava na sala,quando a porta se abriu.Erica e Douglas entraram,com um sorriso sarcástico no rosto.
-Bom dia.Este é Douglas Cartland e eu sou Erica Desmond.Somos os investigadores do caso Morthmer.
Os corações pararam.O olhar dos detetives os hipnotizavam e davam medo.Eles iriam arrancar tudo que podiam daquelas pessoas.Apenas Victor sorriu para os dois,com tranqüilidade em seu semblante.
-Olá,srta.Rose Yellow.Belo nome...Sabia que significa rosa amarela?
-Erm...-Rose ficou sem jeito.
-Ah,tenho uma novidade para vocês...-riu Erica.
-O quê?-perguntou Victor.
-Não sabem da nova?Ursula não foi assassinada pela bomba...-disse Douglas.
-Mas então...-Pietro espantou-se.
-Ursula Morthmer foi envenenada.-disse Erica.
-Mamãe?Mas não acharam nenhum tipo de veneno no local...-insinuou Alicia.
-Vêem isto?-Douglas mostrou a rosa.
-Oh,é linda!-sorriu Yanna.
-Linda,mas letal.-disse Erica.
-Como?!-perguntou Jennifer.
-Eu vi esta rosa no local do crime e logo entendi que ela não estava lá por acaso...Mandei investigar e encontraram cianeto de hidrogênio dentro da rosa.-explicou Erica.
-Cianeto de hidrogênio?O que é isso?-perguntou Christine.
-Também conhecido como ácido prússico,o cianeto de hidrogênio é encontrado em algumas plantas e,dependendo da quantidade,é mortal aos seres humanos.-explicou Victor.
-Oh!-as mulheres exclamaram.
-Exatamete,sr.Straits.Pois bem,a quantidade encontrada na rosa era muito grande e matou a senhora Morthmer. Mas isso não é novidade...Agora não estamos qurendo saber o motivo da morte dela,e sim o assassino.E para isso,teremos de esclarecer algumas coisas...
Erica sorriu.Seu plano funcionava perfeitamente.Eles estavam tensos e assustados,como ela queria.Assim eramais fácil de tirar as informações necessárias.Apenas Victor parecia estar em paz e isso a incomodava muito.
-Que tipo de coisas,senhorita Desmond?-perguntou Yanna,agora interessada.
-Vai saber,senhora Glover.Bem,andei investigando o passado dos Morthmer...E descobri coisas interessantíssimas.
-Como o quê?-retrucou Alicia.
-Sabem...Se eu tivesse namorado um cara por cinco anos e ele me deixasse de uma hora para outra,eu ficaria muito irritada e iria talvez,querer uma vingança.
Jennifer ficou nervosa.
-Mas claro que eu pensaria um bom plano antes...E esperaria resultados de meus inimigos.
Ela olhou para Jennifer,que suava.
-Eu nunca mataria o homem que amo,mas a mulher que me roubou-o...Sim.
Jennifer tremeu.Pietro se levantou num salto,vermelho de raiva.
-Jennie,sua assassina!
-Pietro,eu juro...Nunca faria nada para a Ursula...
-Grr...Eu vou matá-la!-Pietro partiu para cima de Jennifer.
-Acalmem-se!-Erica gritou.-Vocês estão se comportando como animais!
A sala ficou em silêncio.
-Pois bem...Pietro não rendia mais tanto e Ursula foi procurar outros homens,com dois anos de casada.E o seu amante está aqui,nesta sala...
-Quem é esse desgraçado?!-gritou Pietro.
-O senhor Ramon Keenan.
-O quê?!-berrou Christine.
-Exatamente.E quem nos contou isso foi Jennifer Hewitt.
-Seu imbecil!-Pietro deu um soco em Ramon.
-Como pôde fazer isso comigo?!-gritou Christine.
-Chris,eu...
-Não fale nada!Seu imundo!
-Silêncio!Fim do interrogatório!
Eles foram embora,em estado de choque.Victor foi o último a sair,com um sorriso no rosto.
-Sei que iria adorar provar que eu sou o assassino,mas a senhorita não têm provas...-disse Victor.
-Veremos,senhor Straits...Veremos.-disse Erica,se retirando.


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Mensagem  Méuri Dom Jul 27, 2008 4:00 pm

Cap.VIII-Morte na banheira

12 de outubro,2006-Boston,EUA


Jennifer sentou-se na cama e pensou no interrogatório.As imagens estavam vivas em sua mente.Seu cérebro estava funcionando.Havia alguma coisa errada...Mas o quê?Ela não tinha essa resposta.Aquelas pessoas...Algumas estavam diferentes.Claro.A calma e inocente Yanna estava nervosa.Christine e Pietro estavam descontrolados.E Victor...Por que aquele jeito tão confiante?Tudo estava estranho.Jennifer precisava descobrir...Antes que alguma coisa acontecesse.
[...]
Douglas estava sozinho no seu escritório.Erica havia ido visitar um parente doente.Ele pensou no caso Morthmer. Douglas sabia de algumas coisas,mas ele e Erica não estavam chegando perto do resultado.Ele acendeu mais um cigarro.Lembrou-se de Erica.Ela sempre lhe pediu para não fumar,mas Douglas não a escutava.Ele gostava de Erica.Ela era divertida.Sua melhor amiga.Ou talvez mais.
[...]
Jennifer pegou uma velha caixa.Tinha uma rosa amarela entalhada na tampa de madeira.Aquela flor lhe dava medo desde a morte de Ursula.Ela abriu.Dentro tinha fotos de seus "amigos".Jennifer olhou atentamente foto por foto.Em um momento,seus olhos demonstraram espanto ao olhar as duas últimas fotos.Embaixo delas,havia uma fita.Na fita,havia escrito "Jogo do Assassino".
-É isso!-ela gritou.
Ela correu para a sala,remexendo gavetas e procurando embaixo de vasos e móveis.Seus olhos brilharam quando ela achou um velho gravador.Ela colocou a fita e escutou atentamente.
-"Quem você mata primeiro?"-perguntou uma garota com a voz de Yanna.
-"Ursula!Pów Pów!"-disse uma voz masculina.
-"Morri!"-gritou Ursula.
-"Hahaha!"-Jennifer ouviu várias risadas.
-"O próximo"-disse Yanna.
-"Jennie.Pów Pów!"-disse a voz.
-"Morri!"-gritou Jennifer.Ela ouviu novas risadas.
Nesse momento,a fita parou.
-Droga!-gritou Jennifer.
Ela subiu e foi para o computador.Jennifer passou mais ou menos meia hora vendo artigos de jornal antigos.Seus olhos brilharam.
-Já sei quem é!-ela disse,com euforia.
Jennifer correu para o telefone.
[...]
Douglas fumava mais um cigarro quando o telefone tocou.
-Alô?-ele perguntou.
-"Olá,senhor Cartland.Sou Jennifer Hewitt,amiga de Ursula Morthmer."
-Olá,senhora Hewitt!Como passa?
-"Bem,mas escute.Eu sei quem assassinou Ursula.Preciso dizer antes que ele descubra.""
-Oh...Fale.-disse Douglas,com interesse.
-"Só se prometerem que não deixarão ele me machucar."
-Claro,isso nós garantimos.
-"Entenda.Não era ELE que estava lá..."
-Como assim?
-"Ele não estava lá.Ele não poderia estar lá!"
-Tudo bem,mas quem é ele?!
-"Ele é o..."-a ligação caiu.
Douglas espantou-se.Ele correu para baixo.
-Mandem uma viatura para a casa de Jennifer Hewitt já!!-ele gritou.
[...]
-Maldito telefone!-ela gritou.-Eu sabia que tinha que ter comprado um novo.
Jennifer trocou de roupa,vestindo um maiô de banho.Ela desceu e entrou numa banheira de hidromassagem.A banheira tinha uma tampa de vidro.Ela fechou os olhos.Quando abriu,a água estava infestada de pétalas de rosa amarela.Jennifer olhou,o medo percorrendo seu corpo.Uma pessoa entrou no banheiro.Jennifer deu um grito de pavor.
-Eu avisei que você ia ser a próxima.-disse a pessoa.
A silhueta era de homem.Ela sabia quem era.Ele apertou o rosto dela e a forçou a beber um líquido,provavelmente veneno.Depois jogou a cabeça de Jennifer contra uma extremidade da banheira.Ela escorregou para dentro da água,desacordada,o sangue jorrando de sua cabeça.Ele jogou dois baldes de água e fechou a banheira,com Jennifer dentro.
[...]
Douglas e a viatura chegaram na casa de Jennifer.Eles arrombaram a porta,já que ninguém vinha.
-Senhora Hewitt?
Não houve resposta para Douglas.
-Procurem ela pela casa.
Os policiais correram pela casa.Douglas foi para o quarto.Ele viu a caixa da rosa na cama e as fotos.Também viu o gravador e o computador ligado.
-Senhor Cartland.
-Sim?
-Encontramos este vidro de sonífero no lixo da cozinha.
-Hm...Continuem procurando.Eu vou por ali.-disse Douglas,apontando para uma porta no fundo do quarto.
Douglas entrou.Ele viu uma banheira de hidromassagem com a tampa de vidro fechada.Uma mancha de sangue estava no cantinho da banheira.Douglas a abriu.Lá estava o corpo de Jennifer,pálido e imóvel,o sangue jorrando de sua cabeça.Douglas tirou o corpo e o levou para a cama.
-Ela estava viva quando bateu a cabeça...
-Senhor.
-O quê?
-Seu celular.
O celular de Douglas tocava.Ele o pegou.
-Alô?
-"Douglas,onde você está?Estou aqui no aeroporto."
-Erica,temos um problema...
-"Problema?Que problema?"
-A senhora Jennifer Hewitt.
-"O que tem ela?"
-Ela acaba de ser asassinada,Erica.


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Mensagem  Méuri Sáb Ago 30, 2008 6:49 pm

Cap.IX-A fita

14 de outubro de 2006-Nova York,EUA


Erica havia chegado da viagem.Ela estava em um café,conversando com Douglas.
-Quando eu cheguei,a casa estava em perfeito estado,mas Jennifer não se encontrava em lugar.Acharam um vidro de sonífero no lixo da cozinha…E quando eu subi no quarto, haviam várias coisas espalhadas e havia uma página da internet aberta…
-Sobre o que era a página?
-O acidente do laboratório do exército em 2002.
-Hm…Não foi nesse laboratório que o tal Jacob morreu?
-Exatamente.Eu investiguei,mas não encontro uma solução lógica para isso…
-Douglas,acho que estamos fazendo tudo errado…
-Como assim,Erica?
-Nós estamos fazendo os dois casos separadamente…E deve haver uma ligação entre a morte de Jacob e das duas senhoras…
-Hm…Talvez.Mas olhe…Encontraram esta fita na cena do crime…
Douglas entregou uma fita num saquinho e um gravador para Erica.Ela ouviu os primeiros trechos da conversa.
-Mas…Isso é…
-“Próxima vítima.”-dizia Yanna.
-“Hm…Vamos ver…Landon!Pów pów!”
-“Oh,morri!”-gritou Landon.
-Douglas,isso é uma brincadeira…Como o Jogo do Assassino.
-É mais do que isso.É uma seqüência.
-Isso significa que…
-Landon Wilming será a próxima vítima…
[…]
Landon não esquecera o dia do julgamento.Como seus amigos mudaram…Antes se olhavam com carinho,agora os seus olhares eram vazios e assustados.O medo e a tensão predominavam naquela sala.Afinal,ninguém sabia quando alguém ia sacar uma arma e maar alguém.Uma rosa amarela matara Ursula.Uma linda e inocente rosa…E a morte de Jennifer era notícia nos jornais.Landon tinha medo.Muito medo.
Ele estava absorto em seus pensamentos.Tão pensativo estava Landon,que não via a tenebrosa sombra que penetrava em seus aposentos…
[…]
-Preciamos avisar Landon Wilming,Erica.
-Não…
-Não?Está louca,Erica?!
-Já é tarde,Douglas…
-Como?
-À essa hora,o senhor Wilming já está morto…
Erica entrou no carro e Douglas ficou perplexo.
[…]
-Olá Landie…-disse uma assustadora voz.
-Você…-disse Landon,se virando para ver a pessoa.
-Landie,você ainda parece o mesmo menino bagunceiro de sempre…-disse o homem,com uma risada frenética.
-Seu sujo…Como pôde fazer isso conosco?!
-Ora Landie,estou apenas fazendo o que devia ter feito há muito tempo…
-Você enganou a todos nós…E pensar que eu confiei em você!!
-Landie,nunca ouviu dizer que não se confia em ninguém?-disse o homem,dando uma risada seca.
-Por que matou Ursula e Jennie?!O que elas fizeram pra você?!
-Todos vocês me prejudicaram…Agora estou fazendo justiça.
-O Jogo do Assassino…Você está seguindo a seqüência,não é?-disse Landon,com sarcasmo.
-É claro…Sabe que eu sempre fui organizado,Landie.
-Não me chame de Landie!!-berrou Landon.
-Bem,chega de papo e vamos ao que interessa…-disse o outro,sorrindo.
[…]
O carro de Erica parou em frente à casa de Landon.Ela sacou sua arma e saiu.
-Doug,pegue sua pistola…Ele ainda pode estar lá dentro.
Douglas também pegou uma pistola 9mm e entraram.O silêncio reinava.Erica e Douglas seguiram silenciosamente até o quarto.Entraram e viram um rastro de sangue no chão,que ia até a cama.Erica foi até lá.Embaixo da colcha branca encharcada de sangue,estava o corpo de Landon,totalmente esfaqueado.Ele tinha uma rosa amarela na boca.
-Oh meu Deus…-disse Douglas.-Mas onde está a arma do crime?
-Veja Doug…-disse Erica,puxado a rosa.Havia uma faca amarrada ao seu caule.
-Coitado do sr. Landon…
No momento que Douglas terminou a frase,eles ouviram um forte estrondo vindo do andar de baixo.Erica desceu.
-Douglas,chame a polícia!Eu vou atrás desse cara…
-Erica!-ele chamou,mas ela já havia saído.
Ela correu pelas escadas e viu um vulto entrando na sala.Erica o seguiu.Ela entrou na sala,mas não deu tempo para fazer nada.Um homem com máscara de assaltante atirou em sua perna.Erica deu um gemido de dor.O homem se preparava para atirar novamente,mas Douglas chegou e atirou no ombro do homem,que fugiu.
-Erica!Você está bem?-disse ele,carregando Erica até o sofá.
-Minha perna dói…Mas estou bem sim.-ela sorriu.
-Você conseguiu ver quem era o cara?
-Não…Infelizmente não.
-Bem…A polícia já está a caminho…
[…]
-Ele foi morto há mais ou menos uma hora…-disse o legista.
-Hm…
-E senhor Cartland…Encontramos isto no corpo dele.
Ele mostrou uma plaquinha de ferro,com iniciais gravadas.
-L.N.A.N.E.U.A…Laboratório Nacional de Armas Nucleares dos Estados Unidos da América…
Douglas se dirigiu até Erica e mostrou a plaquinha.Ela olhou para ele,perplexa.Douglas fez um sinal de concordância com a cabeça.
-Você sabe onde fica o laboratório?
-Em Boston.
-Ok…Partiremos amanhã.-disse Erica.


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