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A Casa dos Gritos

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Mensagem  Méuri Sáb Jul 19, 2008 4:56 pm

A Casa dos Gritos 1z5p7o1

Cap.I-A mudança

28 de abril de 2008-Paterson,EUA

-Arthur!
-Já vou mamãe!
Um pequeno garotinho estava em seu quarto,arrumando as malas.Tinha os cabelos castanhos e olhos da cor do mar.Iria se mudar para uma fazenda na Transilvânia,com a mãe,Ann.Estavam atrasados.
-Artie,pensei que nunca sairia daquele quarto.-disse Ann.
-Estou pronto,mamãe.É que tinha esquecido o Indie.
-Aquele urso velho que seu pai no seu aniversário de 3 anos?Artie,aquele brinquedo já está um pouco velho para um menino de 6 anos…
-Mas é o meu brinquedo preferido e foi o papai que me deu…-Artie olhou com tristeza.
-Eu sei,querido…Eu sei…
Ann olhou para ele.Era tão parecido com Petrus que lhe dava agonia.Ele já havia morrido há dois anos,mas mesmo assim Ann e Artie sentiam demais sua falta.
-Por que vamos embora,mamãe?Eu gosto daqui…
-Mamãe foi transferida para outra sede da empresa na Transilvânia…
-Transilvânia?Lá não é a terra do Drácula?!-Artie se assustou.
-Artie,não precisa ter medo…Não existem vampiros,nem fantasmas,já lhe disse…E mesmo que existissem,eu ia dar um soco em todos eles!
-Hehehe…Queria que papai estivesse aqui…
-Eu também,Artie.Mas vamos parar com tristeza ou eu vou pegar um certo garotinho e fazer muitas cosquinhas nele!
-Não!
Ann correu atrás de Artie e o colocou no sofá.Artie ria enquanto Ann fazia cosquinhas em sua barriga.
-Eu te amo,mamãe.
-Eu também te amo,Artie.Mas nem por isso vou parar.
-Nãaao!
[…]
Depois de longas horas de vôo,Ann e Artie chegaram na Transilvânia.Um homem os esperava no aeroporto.
-Olá!Sou Cap,um vendedor da imobiliária A & S.
-Sou Ann Biggs.
-Oi Ann.Pronta pra conhecer sua nova casa?E este simpático garotinho,quem é?
-Este é Arthur Biggs,meu filho.
-Seu marido não está com você?
-Bem…Eu sou viúva.
-Ah entendo.Vamos?
Ele os levou num carro da empresa.Se afastaram da cidade e foram para um campo escuro e cheio de árvores.Os moradores das fazendas os olhavam com curiosidade.O carro parou em frente à uma grande casa,parecia uma mansão.
-Chegamos!
Ann e Artie admiraram a casa.Era enorme,com um grande jardim.Um homem com uma enxada e uma mulher vieram falar com Ann.
-Saia daqui!
-Hã?
-Malditos sejam os que botam os pés nessa mansão!-disse a mulher.
-Mamãe,estou com medo…-sussurrou Artie,escondendo atrás da saia de Ann.
-Calma Artie...
-Hey,vão embora,sim?-disse Cap.
-Isso é apenas um aviso…Saiam antes que eles peguem vocês…-disse o velho,indo embora.
-Quem eram?-perguntou Ann.
-Um velho louco da fazenda vizinha.Vive cismando que há fantasmas nesta casa…
-Bem,com um vizinho assim talvez essa casa não seja tão adequada…
-Oh não,não!Não ligue para o que ele diz!Vamos entrar.
A casa era tão grande quanto parecia.Tinha uma cozinha,cinco banheiros,três salas,sete quartos e um sótão.Era grande e aconchegante.Ann ficou maravilhada.
-Oh,mas é belíssima!
-Sim,concordo.
-O que acha,Artie?-Artie não respondeu.-Artie?Artie?!
-Hey,Arthur!Responda!
-Artie!!
Ann e Cap subiram as escadas.Ela estava desesperada,procurando em todos quartos.
-Cadê meu filho?!
-Calma,senhora…
-Calma?!Me devolva meu filho e eu vou ficar calma!
-Mamãe!
Artie veio correndo em direção aos dois.Ann o abraçou.
-Artie,nunca mais faça isso ouviu?!
-Eu estou bem,mamãe.Olha,achei um amiguinho pro Indie!-Artie mostrou um ursinho empoeirado.
-Onde achou isso,meu bem?
-Numa caixa de brinquedos naquele quarto ali.
-Hm…
Ann colocou o garoto no chão e pegou um talão de cheques,assinando-o.
-Aqui está,Cap.
-Mas não vão conhecer o resto da casa?
-Não precisamos de ninguém.Nós a olhamos sozinhos.-disse Ann com frieza.
-Hm…Ok.Até breve.
-Adeus.-Ann bateu a porta na cara de Cap.
[…]
Mais tarde,chegou a mobília.Ann pintava a casa e Artie brincava no sótão.
-Artie,pode atender a porta?
-Claro mamãe.
Artie ia descendo as escadas quando ouviu um barulho de caixas caindo.Olhou para trás. Estava tudo normal.Foi atender a porta.
-Mãe,é o pessoal do caminhão que carrega nossas coisas!
-Tem o dinheiro aí na mesa!Dê pra eles!
-Ok.
Artie entregou o dinheiro,enquanto os carregadores levavam os móveis.Artie voltou para o sótão.Ele olhou atentamente o lugar.Não havia nada de errado.
-Arthur,vem cá!
-Já vou.
Ele desceu.A mãe o esperava em seu quarto azul.
-Que acha de me ajudar a arrumar a casa?
-Ok.
Eles passaram o resto da tarde arrumando sua nova casa.Já era noite quando foram colocar as coisas sem utilidade no sótão.Artie teve impressão de que o quarto estava diferente.
-Hey,Artie.Está com fome?
-Sim.
-Vou pedir uma pizza,fique aí.
Arthur estava sozinho.Se sentou no chão e pego Indie.
-Ei,que tal brincarmos de ciranda,Indie?Ciranda,cirandinha,vamos todos cirandar…
-Vamos dar a meia volta,volta e meia vamos dar…-uma voz fraca veio do fundo da sala.
-Erm…Vamos brincar de outra coisa?Lembra daquela música?Como é mesmo…Brilha,brilha estrelinha…
-Brilha,brilha lá no céu…-a voz falou de novo.
-Quem tá aí?-Artie perguntou assustado.
Ann voltou.
-A pizza chega em 15 minutos.Com quem você estava falando?
-Com Indie.
-Não acha que está um pouco grandinho pra conversar com brinquedos?
-Bem…
-Se for por isso…Acho que você ainda gosta de brincar de aviãozinho…-disse Ann,pegando Artie e o levantando.
-Hahaha!Isso é divertido!
-Ok,vamos esperar a pizza vendo Batman.O que acha?
-Tô dentro!
[…]
Artie dormia tranqüilamente em seu quarto.Ann sorria.Havia sido um dia cansativo para os dois.Ela desceu as escadas e se dirigiu para a sala.Pegou um porta-retrato.Havia um homem e um garotinho brincando na grama,enquanto uma mulher sorria.
-Pete…Não sabe como você faz falta…
Ann deixou uma lágrima.Na parte de cima da casa,caixas caiam e um ursinho se esparramava no chão…Sem os olhos.


To be continued…
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A Casa dos Gritos Empty Re: A Casa dos Gritos

Mensagem  Méuri Qui Jul 24, 2008 11:12 am

Cap.II-Os vizinhos

29 de abril de 2008-Fazenda Willows,Transilvânia


-Artie,vou no mercado.Já volto.
-Certo,mamãe.
-Se cuide.-disse ela,dando-lhe um beijo.
Mamãe sabia que não precisava para Artie se cuidar.Ele se virava muito bem quando estava só.Mas preferia estar com mamãe.Especialmente naquela casa…Não sabia porque,mas ela lhe dava arrepios.
Artie resolveu sair.A casa ficava sinistra quando mamãe não estava.O jardim era agradável e Indie gostava de lá.
-E então,Indie…Do que vamos brincar?
Artie conversava com Indie quando percebeu uma garotinha no portão.Artie foi até ela.
-Oi!
-O-Olá…
-Quem é você?
-Karyne.
-Eu sou o Artie!Não quer brincar comigo e com Indie?
-Meus pais me disseram para não entrar aí…
-Por que?É tão chato ficar só aqui…Entra!
-Não!Papai disse que esta casa é amaldiçoada!
-Hã?Como assim?
-É melhor sairem ou vão sofrer as consequências!
-Mas…O que tem esta casa de mais?
-Há muito tempo…Uma família construiu esta casa…Eram felizes,mas…O pai ficou louco e numa noite assassinou todos…
-Oh!
-Isso não é nada.A pobre filha caçula foi estuprada e depois,o pai lhe arrancou os olhos e se suicidou.
-..!
-De acordo com a lenda,a alma da filha ainda está na casa…Assombrando e matando os moradores…Ela quer o sangue de alguém…Mas não se sabe quem…Por isso,é melhor saírem!
-Eu não acredito nessas histórias…Mamãe me disse que fantasmas não existem.
-Pense o que quiser…Mas vocês vão morrer!
A garota saiu correndo e desapareceu.Ann chegou.
-Era alguma amiguinha,Artie?
-Era só uma boba tentando me assustar…Vamos entrar.
[…]
Mais tarde,Ann e Artie foram à casa do senhor Malcom,um dos vizinhos.Ele os recebeu com alegria.
-Oh,olá!Entrem!
-Olá sr. Malcom.Eu sou Ann Biggs e este é meu filho,Arthur.
-Pode me chamar de Artie.
-Hm…Olá Ann,olá Artie!Sejam bem-vindos!Soube que andam tendo problemas com os Manders…
-Manders?
-São um casal de velhos loucos da outra fazenda…Tenho pena de sua filha,Karyne.Pobre menina…
Artie se lembrou da garota.
-Bem…Sentem-se…
Ann e Artie se sentaram em confortáveis poltronas.Stuart Malcom ofereceu biscoitos com leite para Artie e um copo de sherry para Ann.Conversaram longas horas.A fazenda do senhor Malcom era menor que a fazenda Willows,mas muito charmosa.Estavam sentados tranqüilamente sentados,quando uma mulher totalmente desarrumada desceu as escadas.
-Stuart…Cadê meus remédios?E quem são essas pessoas?!
A mulher olhou atentamente para Ann.Tinha um olhar de louca.
-Então essa é a vagabunda com quem você comete adultério?
-Me respeite!-gritou Ann.
-Então me respeite você também!
Começou uma discussão.Artie se assustou e começou a chorar.Stuart tentava acalmá-los.A mulher olhou para Artie e abriu um sorriso maníaco.
-Ah!Pig!Você finalmente voltou!
A mulher correu e agarrou o garoto.Artie tentava se soltar.
-Mamãe!
-Ei,largue o Artie!
-Você não vai tirar Pig de mim!!
A mulher correu pelas escadas,mas no caminho tropeçou.Ela caiu e derrubou Artie,que feriu sua perna.
-Artie!
-Mamãeeeeeeee!
O garoto chorava no chão.A mulher se levantava e ia pegar Artie dos braços de Ann.
-Guilda,pare!
Stuart segurava o braço da mulher.Ela olhou assustada.
-Stuart…
-Guilda!Volte para seu quarto!
-Mas…
-Agora!
-Não sem Pig!
Stuart deu um tapa na cara dela.Ela começou a arranhar os braços dele.Ann saiu correndo da casa com Artie.
-Deus me livre!Ela é louca!-Ann suspirou.-Artie,você tá bem?
-Minha perna dói…
-Vamos pra casa fazer um curativo,ok?
-Ok.
No caminho,o casal Manders olhava-os com ódio.
-Saiam da casa!
-Por favor,nos deixem em paz…
-Ela vai acabar com vocês…
Eles voltaram para a fazenda e lá,Ann colocou remédio na ferida de Artie.
-Dói muito?
-Não,mamãe.
-Oh,meu anjinho…Não sabe como fiquei preocupada…
-E eu…Aquela mulher queria me seqüestrar,mamãe…
-Eu sei…Mas não se preocupe…Nós não vamos mais para o senhor Malcom,está bem?
Artie concordou e os dois se abraçaram.
[…]
-Guilda…Eu não queria ter te batido,mas foi preciso…
-Mas Stuart…Era Pig…Tenho certeza…
-Certo,certo…Não se preocupe mais com isso…
-Aquela mulher…Era sua amante,não é?
-Não,não…Minha única amante é você,sabe disso…
-Mas ela…
-Ela é Ann Biggs,nossa vizinha.
-Ela é má…Foi ela que roubou Pig…
-Sim,sim…
Eles se abraçaram e Guilda começou a chorar.
-Quero Pig,Stuart…Quero nosso filho de volta…
-Nós vamos pegar Pig de volta,eu prometo…
-Stuart…
-Sim?
-Você e Pig são minha vida…
-E você a minha…
Stuart mentia.Há anos,odiava Guilda.Aquela louca.Stuart tinha tido várias amantes,mas Guilda as assassinou.Mas com Ann Biggs seria diferente.Aquela mulher era perfeita.Não iria deixá-la sair tão cedo daquela fazenda…
[…]
-Mamãe?
-Hm?
-Eu queria que o papai estivesse aqui…Ele iria cuidar de nós…
-Eu também queria,Artie…
-Eu tô com medo…
-De quê?
-Dos nossos vizinhos…Eles me assustam,mamãe…
-Mas você não sabe que mamãe lhe protege…
-Mas eles podem te machucar…
-Eu não importo…Por você eu morreria,Artie.
-Eu te amo,mamãe.
-Eu também te amo,Artie.
Ann e Artie se abraçavam no sofá.Enquanto isso,a porta do sótão se abria e pequenos passos surgiam na poeira…


To be continued…
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A Casa dos Gritos Empty Re: A Casa dos Gritos

Mensagem  Méuri Sáb Jul 26, 2008 7:15 pm

Cap.III-Os Willows

3 de maio de 2008-Fazenda Willows,Transilvânia

Artie brincava no jardim.Era o primeiro dia de trabalho de Ann e em breve,Artie iria para uma escola ali perto.Ele se sentia um pouco só naquela casa,por isso gostava de brincar no jardim.Era grande,cheio de plantas e de vez em quando,aparecia um esquilo ou coelho.Mas,naquela tarde,nenhum animal apareceu e as árvores tremiam,anunciando uma tempestade.
-Parece que vai chover,Indie...-Artie sussurrou.
Nesse mesmo momento,pequenas gotas molharam o rosto do menino.A chuva engrossou e Artie precisou entrar.A casa estava escura e Artie tinha medo.As luzes começaram a apagar e acender.Ele andou para a sala,os passos rangendo na madeira.Se sentou no sofá e ligou a TV.Nada de mais.Mas um barulho forte quebrou a paz da casa.Artie não notou.Assistia a televisão calado,até ela se desligar sozinha.Artie tentou ligá-la novamente,mas o aparelho não respondia.Veio um barulho mais forte,vindo do sótão.
-Tem alguém aí?!-gritou Artie.
Ninguém respondeu e ele ouviu o barulho novamente.Artie olhou pela janela.Um machado estava encravado num velho pedaço de tronco.Ele não sabia explicar,mas havia uma coisa escorregando pela lâmina do machado.Pareciam...Miolos humanos com sangue.
-Estoure os miolos dele.-uma voz estranha ecoou no ar.
O barulho se repetiu.Era como se alguém batesse forte na porta do sótão.Ele foi subindo as escadas,assustado.Alguma coisa estava caída em um degrau e Artie quase caiu da escada por causa disso.
-Mas o que é isso?Uma boneca?
Era uma boneca,disso ele tinha certeza.Mas havia algo estranho.As pernas da boneca estavam abertas e com sangue escorrendo por elas,com o sangue se formando no final da roupinha.Também havia muito sangue em seu rosto e seus olhos haviam sido arrancados.Artie continuou a subir.O barulho se intensificou.A porta do sótão tremia.Artie também.
-Quem está aí?
Houve um ruído e a porta parou de bater.Artie se aproximou lentamente.Quando estava a menos de 30 centímetros da porta,houve uma ventania que a abriu bruscamente.Artie caiu para trás.A janela do sótão estava aberta.Ele subiu as escadas,silenciosamente.A porta estava entreaberta e Artie entrou.Ele se aproximou da janela e a fechou,mas quando se afastou,sentiu algo molhado em suas mãos.Ele olhou.Era sangue.Artie paralisou.
-Mas...Mas...
Ele se virou.O sótão tinha mudado.Estava cheio de sangue.Um homem enfiava o machado do jardim na cabeça de um homem,provavelmente um jardineiro.Estava de noite e os raios cortavam o céu.O homem tinha aparência de louco e ria histericamente.O velho jazia morto,seu sangue e miolos esparramados no chão.Artie queria gritar,mas não podia.O homem se virou para ele e andou em sua direção.Artie estava com um medo terrível.Aquela era a casa bonita em que ele e mamãe moravam?
-Virginia...Virginia...Virginia...Você é linda,meu bem...É uma pena que você seja uma esposa tão ruim!-ele gritou,espatifando um quadro atrás de Artie.
O homem saiu do sótão.Artie o seguiu.Ele andou pelo corredor escuro,com o machado em mãos,e entrou no quarto de Ann.
-Mamãe!-sussurrou Artie.
Ele correu,sem se importar se o louco o mataria ou não.Ele não machucaria Ann.Artie não deixaria.Mas,ao entrar no quarto,não era mamãe que estava na cama.Era uma mulher estranha.Artie se sentiu aliviado.
-Querida,é hora de nós brincarmos...-sorriu o louco do machado.
-Alan?É você?!
-Adeus,minha amada Virginia.
Ele ergueu o machado e o acertou na barriga da mulher.Artie correu para outro quarto.Alan ia machucá-la com o machado novamente,mas ela lhe deu um chute na cabeça e fugiu para o quarto onde Artie estava.
-Lisa!-ela gritou.
Uma menina de aproximadamente 12 anos levantou a cabeça,sonolenta.Mas no momento que viu o ferimento na barriga da mãe,assustou-se.
-Mãe,o que aconteceu?!
-Não posso explicar agora,meu bem.Vá embora com Minnie para longe!
-Mas mãe...
-Vá!
Ela foi até outra cama,onde dormia uma garotinha da idade de Artie.
-Minnie,Minnie...Acorde.Temos que ir embora.
-Hm?O que houve,Lisa?Mamãe?O que houve com sua barriga?!
-Minnie,precisa ir com Lisa agora.
-Mas e você?
-Eu vou encontrar vocês depois,querida.Vão!
No momento que Lisa e Minnie iam fugindo,Alan apareceu no corredor.
-Lisa!Minnie!Aonde pensam que vão?!
Elas olharam assustadas.Artie parou.Virginia saiu do quarto.
-Você não vai machucar minhas filhas!
-Não...Primeiro vou machucar você,Virginia!
Lisa e Minnie correram,enquanto Alan disparava mais um golpe com o machado.Virginia caiu no chão,morta.As irmãs correram pelo jardim,quando Alan surgiu.Lisa tropeçou e caiu na lama.
-Lisa!
-Corra,Minnie!Corra!
Minnie deu uma olhada para trás.Alan se aproximava de Lisa.
-Lisa,meu bem...Você sabe que eu te amo?
-Se afaste de mim!
-Lisa,sua...É igualzinha a Virginia.Mas você logo vai estar com ela.
-Não!
Ele a golpeou com o machado inúmeras vezes.Minnie tentou fugir,mas se enroscou em um cipó.Alan se aproximou.
-Minnie...
-Por favor,não me mate...
-Claro que não,meu bem...Preparei algo especial para você-ele deu uma risada louca.
Artie observou a cena.Alan amarrou Minnie com o cipó a arrancou-lhe a camisola.Ele a estuprou.Minnie gritava e chorava.Artie teve pena,mas não podia ajudá-la.Minnie pegou o machado e fez um corte enorme no pescoço de Alan.
-Garota maldita!
A cena a seguir foi horrível.Alan enfiou as mãos nos olhos de Minnie e os arrancou.A menina gritou.Alan pegou o machado e o enfiou na cabeça de Minnie.Depois voltou para casa e subiu.
-Esse é o fim da maravilhosa família Willows!
Ele pulou,rindo.Sua cabeça caiu em cima de um pedaço de ferro.Artie olhou,o terror em seu olhar.
-Artie?Artie?
Ele escutou uma voz vinda de longe.
-Arthur?Arthur?!
Ele abriu os olhos e sua mãe estava em sua frente.Artie sentiu uma enorme felicidade.
-Mamãe!-ele a abraçou.
-Oh,querido...Desculpe ter chegado tarde,mas com essa chuva...
-Mamãe...
-Sim?
-Eu não quero mais morar aqui.
-Mas por que?Você tem uma casa enorme só pra você!
-Ele as matou,mamãe.
-Quem?
-O dono dessa casa.Ele matou a família.
-Eu sei,mas isso foi no passado,Artie.
-Mas eu não gosto,mamãe...Eu tenho...Medo.


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A Casa dos Gritos Empty Re: A Casa dos Gritos

Mensagem  Méuri Sáb Set 06, 2008 7:43 pm

Cap.IV-A visita de Stuart

4 de maio de 2008-Fazenda Willows,Transilvânia

Ann abriu a porta.O senhor Malcom carregava um embrulho.
-Senhor Malcom!-disse Ann,com uma expressão transtornada.
-Olá,senhorita Ann…
-Que deseja?
-Oh,vim pedir desculpas pelo alvoroço naquele dia…Guilda não gosta muito de visitas…
-Entendo.
-Guilda é doente mental…Ela não responde por seus atos.Há anos cuido daquela pobre e frágil criatura…E sabe,ela é uma pessoa muito temperamental…-disse Stuart,forçando uma lágrima.
-Não precisa se desculpar,senhor Malcom…Não é sua culpa.
-Oh,mas eu trouxe esta torta…Espero que gostem.
-Parece uma delícia…-disse Ann,analisando a torta.
-Como vai o Arthur?
-Bem,ele…
Nesse momento,leves passos ecoaram na velha madeira da escada.Artie coçava os olhos com uma mão,e a outra agarrava Indie,seu ursinho.Ele olhou para os dois.
-Bom dia,meu príncipe…O senhor Malcom nos trouxe uma torta…
-Hm…-Artie gemeu.
O pequeno garotinho saiu,o cansaço estampado em sua face.
-Parece que ele não teve uma noite muito boa…-disse o senhor Malcom.
-Não…Com certeza não.-disse Ann,com tristeza.
[…]
Artie encheu um copo de leite e sentou-se na mesa.Tomava um sereno café da manhã,quando um assobio ecoou no ar.O vento abriu uma janela e fazia dançar lindas formas na cortinha branca.
-Minnie…
O assobio,que antes era leve e fraco,se intensificou.Entre as formas da cortina,uma linda menina com cabelos castanhos e esvoaçantes surgiu.
-Artie…
-Mamãe está na sala com o senhor Malcom…Ela disse que ele trouxe uma torta.
-Eu não gosto do senhor Malcom,Artie…
-Por quê?Mamãe disse que ele é bonzinho…E foi a esposa dele que quis me seqüestrar.O senhor Malcom me salvou dela…
-Ele me lembra o Alan…Ele é mau,Artie.
-Alan era seu pai,não?
-Meu padrasto…Ele me odiava e odiava a Lisa também.Ele traía a mamãe.
-Mas o senhor Malcom é diferente…Ele é um homem bom…
-Artie,o único homem bom que você conheceu era seu pai e ele está morto.
Artie virou a cara.Duas lágrimas rolaram por seu rosto.
-Eu sinto muito,Artie…Mas é verdade.
-Eu sei,Minnie…Mas o senhor Stuart mora longe daqui da fazenda…
-Artie,eu queria tanto que você entendesse…
-Entender o quê?Minnie!
Ele escutou o som de um choro fraco,e Minnie desapareceu.
-Minnie…
Artie voltou a tomar seu café,penando no que Minnie dissera.Devia confiar no senhor Malcom?Ou seria ele um homem mau?
-Artie!
Ann entrou na cozinha,carregando o embrulho da torta.Ela sorriu para Artie.
-O senhor Malcom perguntou por você…
-Não quero ver ele.
-Artie…Não seja um menino ruim…Venha dizer um olá para o senhor Stuart.
-Eu não vou.
-Arthur…
-Mamãe,eu quero ficar aqui.-disse Artie,decidido.
Ann soltou um suspiro e voltou para a sala.
[…]
Stuart analisava bem a casa de Ann.Era realmente linda.Depois que conseguisse o amor de Ann e se cansasse dela,iria dar um golpe e ficar com sua casa e fortuna.E planejava tomar o menino também.Com Artie por perto para alertar Ann,Stuart nunca realizaria seus planos.Ele seria um belo brinquedo para Guilda se entreter e não importuná-lo.
-Senhor Malcom…
Ann entrou na sala,interrompendo os pensamentos de Stuart.Ela sentou-se numa poltrona.
-Cadê o Arthur?
-Oh,Artie não quer vir…Está muito cansado e…
A conversa foi interrompida por Artie,que entrou no aposento.O menino,que há pouco passara por ali triste e melancólico,agora tinha um brilho de raiva nos olhos.Artie foi até Stuart.
-Vá embora.
Stuart olhou para Artie,com espanto.
-Artie,não fale assim com o senhor…
-Eu disse para ir embora.E não volte mais.-repetiu Artie.
-Arthur!
-Se acalme,senhorita Biggs…Eu vou embora.Adeus,Arthur.
Stuart se foi e Ann olhou com ar de repreensão para Artie.
-Eu vou dormir.
Artie subiu.
-Artie,Artie…O que você pensa que está fazendo?
[…]
Artie entrou em seu quarto e deitou na cama,adormecendo.Um barulho de alguma coisa pesada sendo arrastada,seguido de um grito,ecoou no corredor.


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A Casa dos Gritos Empty Re: A Casa dos Gritos

Mensagem  Méuri Seg Dez 08, 2008 3:33 pm

Cap.V-Sombras

6 de maio de 2008-Fazenda Willows,Transilvânia

O dia estava nublado e quente.Iria chover.Uma dessas tempestades de verão.Artie gostava delas.Eram barulhentas e davam um agradável clima frio.Relâmpagos brilhavam no céu e trovões ensurdeciam o mais alto grito.E a chuva tinha um cheiro bom.Sim,ele gostava de tempestades.Mas esta tarde,Artie não estava interessado em nada.
Os pequenos pés rangiam na madeira velha da escada.Ele olhava para a frente.A porta do lado da janela no fim do corredor.O quarto grande.
-Não vá…-a ordem de Minnie explodia na cabeça do garotinho,mas seu corpo não obedecia as ordens de seu cérebro.
O trinco ornado foi girado e a madeira polida foi empurrada.Um quarto enorme,com uma janela do outro lado do dormitório e um armário embutido do outro.Vazio.Não.Não estava vazio.
-Arthur…
A porta fechou-se atrás de Artie,mas ele não percebeu.Ele avançou para a janela.Aquilo já fora um quarto luxuoso,decorado com móveis de primeira qualidade.Mais que isso.Um casal deitava onde havia uma cama.Olhavam o pôr-do-sol no final das tardes.Lá havia sido um recanto de amor,onde um homem e uma mulher trocaram carinhos.Alan e Virginia Willows passaram momentos de felicidade juntos ali.
Mas também havia sido um palco de horror.O cheiro de sangue enchia as narinas de Artie.Ele parecia hipnotizado.Seus olhos não expressavam nada.Sua boca não se mexia.Ele foi até a janela.A chuva começou.Uma chuva avermelhada.Artie abriu a janela e uma gota caiu em seu dedo.Ele lambeu-a.Sangue.A chuva começou a aumentar,aumentar muito,aumentar demais para uma tempestade.Rios de sangue jorravam das nuvens negras.Artie fechou a janela.Houve um relampejo no céu e atrás dele,a sombra de um corpo inerte pendurado por uma corda apareceu.Os ponteiros de um relógio começaram a girar ao contrário e o menino observou.Seus olhos giravam junto com o ponteiro.A hora parou nas 12 horas e 35 minutos da noite.Estava escuro.O tic tac do relógio era o único som na casa.Artie caminhou até a porta e saiu.Chovia uma chuva fina lá fora,molhando o lindo jardim,provavelmente cultivado por Virginia.Artie olhou pela fresta da porta do quarto onde estava.Virginia dormia tranqüila na cama,mas Alan não estava lá.Lisa e Minnie dormiam no quarto em frente.Artie foi até as escadas e lá ficou parado.Havia barulhos de alguma coisa sendo escavada.Artie praticamente voou pelos degraus.Havia uma portinha embaixo da escada,onde Ann guardava coisas desnecessárias,como velhas ferramentas e brinquedos quebrados de Artie,entre os vários álbuns de lembranças.Artie entrou.A cena era chocante.Era um quartinho de bonecas de porcelana,muito bonitas e arrumadas com esmero.Mas estavam jogavam ao chão,em pedaços.Algumas partes do corpo haviam sido arrancadas e um líquido vermelho estava espalhado em seus corpos.Cascas de tomate estavam espalhadas pelo quarto.Na direção oposta,Alan escavava a parede com as mãos.Ele ria histericamente,com olhos arregalados.Ele se virou.As pontas dos seus dedos sangravam e as unhas estavam destruídas.Mas ele não parecia se importar.Ele olhou para trás.Artie congelou.Mas logo Alan voltou à escavação.Terminou por cair uma camada de barro
velho e junto um grosso pergaminho.Ele o abriu.Artie se posicionou logo atrás dele.Era uma língua estranha,mas que Alan parecia entender.Ele leu os caracteres em voz alta,quase num grito.Porém,ninguém acordou.O som de trovões soou mais alto e ele viu a claridade de raios relampejando.O vento ficara muito mais forte do nada e a casa tremia.Artie relacionou essa mudança repentina com a leitura do antigo pergaminho.Alan não parecia satisfeito.Escavou mais e achou uma coisa brilhante,que logo chamou a atenção do seu companheiro não visto no quartinho.
-Achei!-ele gritou,suas mãos inundadas de sangue ofuscando o brilho das coias que ele segurava.
Eram jóias.Jóias cheias de gemas preciosas,rubis,esmeraldas,safiras e diamantes.Ouro e prata viravam misturas homogêneas e cegavam com seu brilho.Alan as devorava com os olhos.Ele espalhou-as pelo seu corpo.Alan correu pela sala e apanhou um chapéu florido,colocando-o na cabeça.Ele voltou para o quartinho e pegou um conjunto de tintas de Minnie e pintou seus lábios num vermelho-berrante.Ele voltou para a sala e começou a desfilar,como uma mulher.A cena deu náuseas em Artie.Ele precisava sair dali.
-Alan?-um chamado baixo veio do quarto de cima.
Alan se surpreendeu e limpou a boca.Colocou o chápeu na cômoda e jogou as jóias numa gaveta.Ele voltou ao quartinho e pegou um machado enfiado numa parede.
-Já vou,minha amada.-ele deu um sorriso e subiu as escadas.
Artie seguiu Alan até o quarto.A mesma cena de três dias atrás se repetiu.Artie não queria ver aquilo novamente.Ele fechou os olhos e os sons cessaram.Um grito e um ‘thump’ foram ouvidos.Ele abriu seus olhos.Ele estava no hall de entrada,a pequena sala com a escada ao lado.No grande jardim em frente,um casal passeava por um caminho de pedra que levava à casa.Quando Artie e Ann haviam chegado,ele não gostou muito do caminho,afinal a chuva e os musgos o deixavam escorregadio e muito tentador para levar uma queda.Mas o caminho parecia ter sido feito à muito pouco tempo e as pedras não estavam gastas.Artie parou para escutar o casal.
-Oh Brad! É perfeita!
-Brenda,é a terceira que você diz que é perfeita.
-Mas essa é diferente! Olhe em volta! Olhe esse jardim,Brad! E a casa então? Grande e espaçosa! Uma mansão! E os muros! Total segurança e privacidade!
-Brenda…
-Por favor,vamos comprá-la! Já me imagino plantando lindas flores nesse jardim magnífico e nossos filhos correndo pelas escadas,e você fumando charutos na sala.
-Filhos?-Brad riu.-Brenda,só estamos casados há duas semanas!
-Mas que mal tem em sonhar?
-Bom…
-Brad,meu bem…Você não gostou?-Brenda pegou o braço dele e fez uma cara de tristeza.
-Nós só vimos o jardim,querida.
-Mas já é o suficiente,pelo menos pra mim.
Ele riu novamente e os dois andaram de braços dados até a casa.Artie olhou curioso.Brad entrou primeiro e olhou o hall.Brenda parecia deslumbrada.Os dois caminharam pela casa inteira e foram para o quintal.
-Oh!-Brenda gritou.
Era ainda mais bonito que o jardim,coberto de flores.Havia um balanço grande e um poço de tirar água na direção oposta.Era enorme.
-Brad,Brad,Brad! Por favor!-o entusiasmo era impossível de se notar.
-Wow.-ele disse.
-Oh,querido,vamos comprá-la?
-É realmente perfeita.
-Sim,eu não lhe disse?
-Eu gostaria muito de ter uma casa assim,mas…
-Mas?-ela perguntou aborrecida.
Brad pegou a mão dela e caminhou até uma árvore enorme.Ele se sentou na sombra da árvore e exalou o ar fresco,passando um braço ao redor do ombro de Brenda.Ela deu um leve sorriso.
-Brenda,minha querida…-ele disse afastando uma mecha de cabelo do rosto dela.-A casa é tudo com que sonhamos…Mas o preço…
Ela se levantou de repente.
-Brad…Você é um dos banqueiros mais ricos daqui.O preço dessa casa é uma verdadeira esmola pra você.
-Eu sei…
-Então…
Ele suspirou.
-Tudo bem,tudo bem.Eu compro.
-Brad,você é o melhor!-ela disse,dando um abraço apertado.
Artie olhou para Brad e Brenda.Formavam um par bonito.Mamãe e papai teriam sido assim antes dele nascer?Ele ficou absorvido em seus pensamentos,quando a cena mudou.Brenda lavava o chão da casa,tranqüila.Artie a observou.Ela lembrava Ann,sempre cuidadosa com os detalhes.Ele se virou e assustou-se.Estava de frente para o quartinho debaixo da escada.
-Thump,thump,thump-a pequenina porta batia,como se alguém quisesse sair.
-Hm?-Brenda virou-se curiosa.
-Não abra!-Artie tentou gritar,mas sua voz não saía.
Ela foi até a porta,um vaso de cristal em sua mão.Brenda a abriu e um vento forte saiu,desnorteando-a.Ela caiu e não percebeu as várias sombras saindo do quartinho.Artie ficou boquiaberto.Brenda recuperou-se,mas logo deu um grito de pavor.Estilhaços de vidro estavam cravados em seu braço,desenhando manchas vermelhas no chão.Ela correu para a cozinha e Artie ficou só.O sangue derramado no chão começou a se mexer,formando linhas e linhas e mais linhas…
“Mate-o”
Artie quis gritar,mas não conseguiu.Ele correu para o hall,assustado.Artie respirou fundo.Aquela era sua casa?
Ele voltou e viu Brenda voltar para a sala.Mas a mensagem já não estava lá.Ela começou a enxugar o sangue.Ele fechou os olhos novamente,tremendo.Artie sentiu como se estivesse entorpecido,nadando no escuro.Mas o som de uma voz lhe acordou.
-Artie?Artie,você tá bem?
O doce som o tranqüilizou e ele abriu seus olhos.Sua mãe estava lá,segurando os ombros e olhando preocupada para ele.
-Mãe?
-Oh…Pensei que estivesse dormindo em pé.-ela riu.
-Quase…
-Hm…Vamos preparar o jantar?
-Tudo bem.
Ela pegou a mão dele e saiu.Artie deu uma última olhada.A janela fez ‘thump’ e bateu de leve.


To be continued…
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